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Toxicocinética

Referências:

[8] https://toxnet.nlm.nih.gov/cgi-bin/sis/search2/f?./temp/~mTWREL:3 (acedido em 19/04/2017).

[9] Gupta, R.C. Handbook of Toxicology of Chemical Warfare Agents. 2ª edição. Elsevier, 19 de Fevereiro de 2015. 216-217.

[10] Singhapricha, Terry, and Adam C. Pomerleau. "A case of strychnine poisoning from a Southeast Asian herbal remedy." The Journal of Emergency Medicine (2016).

[11] https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/441071#section=Non-Human-Toxicity-Values (acedido em 19/04/2017).

Eliminação

Após a ingestão, 10 a 20% da dose de estricnina é excretada na forma inalterada na urina 24h mais tarde. Parece ter uma cinética de eliminação de ordem um e, por isso, a percentagem de excreção vai diminuir com o aumento da dose. Nos rins, 70% é excretada nas primeiras 6h e 90% nas primeiras 24h. A excreção será completa em 48/72h. [8][9][10]

Absorção

A estricnina é absorvida ao nível do sistema gastrointestinal, via nasal ou a partir dos locais de injeção parentérica. Quando se trata de exposição oral, o tempo de ação vai depender se o estômago está vazio ou cheio, e do tipo de alimento que é consumido. O tempo médio de absorção é de 15 minutos. [8][9]

Distribuição

A estricnina tem um volume de distribuição de, aproximadamente, 13 L/Kg e encontra-se tanto no plasma como nos eritrócitos. Contudo, devido à ligação fraca às proteínas, é eliminada rapidamente da corrente sanguínea. Em 5 minutos, 50% da substância entra nos tecidos.

Num caso de envenenamento fatal, foram encontradas concentrações de estricnina na bílis, no fígado e na parede do estômago. [8][9][10]

Metabolismo

A estricnina é rapidamente metabolizada, principalmente a nível dos microssomas hepáticos, na presença de O2 e NADPH. A taxa de metabolização é tal que, aproximadamente duas doses letais podem ser administradas, em 24h, sem efeitos cumulativos. Concentrações mais altas de estricnina são encontradas no fígado, sangue e rins. [8][9]

Dose letal

 

Para os humanos a dose letal varia entre 5 a 120 mg/Kg, sendo significativamente mais baixa quando administrada por via subcutânea ou endovenosa. Pessoas expostas a doses baixas ou moderadas de estricnina por qualquer via de exposição terão os sintomas típicos do envenenamento pela estricnina (ver sintomas). Pessoas expostas a doses elevadas de estricnina irão sofrer uma falha respiratória e morte cerebral, nos primeiros 15 a 30 minutos após a exposição. Não são observadas lesões após a morte, com a exceção de pequenas hemorragias pontuais nos pulmões resultantes da morte por asfixia. A rigidez cadavérica ocorre logo após a morte e permanece por vários dias.

A estricnina foi colocada na Categoria I de toxicidade, correspondente a um elevado grau de toxicidade aguda, sendo a avaliação de risco para os humanos baseada na toxicidade aguda da estricnina. [8][9][11]

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